O surgimento do cooperativismo como empreendimento socioeconômico foi registrado na cidade de Rochdale, Inglaterra, em 21 de dezembro de 1844. Sob a crescente ameaça de substituição por máquinas a vapor e agravamento da miséria da classe operária, 28 tecelões se reuniram na busca por alternativas de trabalho. Criaram, assim, um pequeno armazém cooperativo de consumo: a “Sociedade dos Equitativos Pioneiros de Rochdale”.
Em pouco tempo começaram a se profissionalizar, desenvolvendo estratégias como formação de um capital social para emancipação dos trabalhadores; adquirindo casas para os cooperados; e criando estabelecimentos industriais e agrícolas voltados à produção de bens indispensáveis à classe trabalhadora, de modo direto e a preços módicos.
Enquanto a lógica do capitalismo instituía a competição, o novo sistema estimulava a cooperação. Cada um dos 28 tecelões entrou no negócio com uma Libra. Em um ano, o capital da organização chegou a 180 Libras. Em uma década, a organização já contava com 1400 associados.
A experiência foi difundida na Europa, com a constituição de cooperativas de trabalho na França e de crédito na Alemanha e na Itália, depois alcançou o mundo. Em 1881, já existiam 1000 cooperativas e 550 mil associados.
O idealismo desses pioneiros e, sobretudo, o realismo de adequar o projeto às suas possibilidades de execução, foram os alicerces do movimento cooperativista moderno, ainda em franco crescimento por todo o mundo e cada vez mais organizado.